A ansiedade é, sem dúvida, uma das grandes marcas do nosso tempo. O ritmo acelerado, a pressão por resultados e a constante incerteza sobre o futuro fazem com que a mente se torne um campo fértil para preocupações. É como se nossa própria imaginação trabalhasse contra nós, criando cenários de medo e insegurança que nem sempre se concretizam.
Mas Ernest Holmes, fundador da Ciência da Mente e um dos principais pensadores do Novo Pensamento, nos mostrou que não precisamos viver reféns desse ciclo. Para ele, a chave da paz interior não é lutar contra os pensamentos ansiosos, mas entender como a mente funciona e como ela cria a realidade.
Holmes ensinava que existe uma Mente Universal, uma Inteligência maior que responde à nossa consciência. Ou seja, nossa mente não é apenas reflexo do mundo — ela molda o mundo. Se compreendermos e aplicarmos esse princípio, podemos transformar padrões de medo em padrões de confiança, abrindo espaço para uma vida livre de ansiedade.
1. A Lei da Mente: “O que você pensa, você manifesta”
O primeiro princípio de Ernest Holmes é o mais fundamental: a mente é criadora. Ele afirmava que o universo responde a cada pensamento que sustentamos. Quando nos fixamos em imagens de medo ou fracasso, o subconsciente interpreta isso como instruções, e a vida começa a refletir essas vibrações.
Joseph Murphy, em O Poder do Subconsciente, confirma essa visão ao dizer: “A mente subconsciente aceita como verdade aquilo que você repete com emoção, e o manifesta em sua vida.” Isso significa que manter pensamentos ansiosos é, na prática, semear ansiedade no campo da realidade.
Para reverter esse quadro, Holmes recomendava substituir as sementes de medo por sementes de paz. Assim como um jardineiro escolhe quais plantas cultivar, devemos escolher conscientemente quais pensamentos queremos nutrir.
Exercício prático: semeando a calma
- Quando notar um pensamento ansioso (“E se algo der errado?”), substitua por: “Tudo coopera para o meu bem. Estou seguro agora.”
- Repita essa nova ideia algumas vezes, de preferência em voz baixa e com respiração lenta.
- Visualize-se tranquilo, vivendo a cena já resolvida em harmonia.
Esse treino diário começa a reprogramar o subconsciente, fazendo com que ele trabalhe a seu favor, e não contra você.
2. O Poder da Palavra Pensada e Falada
Ernest Holmes ensinava que cada palavra que proferimos, seja em voz alta ou em nosso diálogo interno, carrega um poder criativo. Para ele, “cada pensamento é uma causa, e cada condição, um efeito.” Ou seja, não existem pensamentos “inocentes” — todos deixam impressões no subconsciente e moldam o rumo da vida.
Isso dialoga com Florence Scovel Shinn, que afirmava: “Sua palavra é sua varinha de condão.” Quando repetimos frases de medo, como “nada dá certo para mim” ou “eu sempre erro”, estamos usando essa varinha para criar realidades indesejadas. Por outro lado, quando falamos de maneira confiante, geramos efeitos positivos em nossa vida e saúde mental.
Joseph Murphy reforça que a mente subconsciente responde melhor a imagens e palavras acompanhadas de emoção. É por isso que afirmações ditas com fé podem curar estados de ansiedade e abrir caminho para experiências mais harmoniosas.
Exercício prático: substituindo o diálogo interno
- Identifique frases comuns de preocupação, como “E se eu falhar?”.
- Substitua imediatamente por afirmações de confiança: “Estou no lugar certo, na hora certa. A vida me apoia.”
- Repita em voz alta ou mentalmente até sentir o alívio emocional.
Esse treino cria um novo padrão linguístico e energético, capaz de transformar a ansiedade em confiança.
3. A Unidade com o Bem Universal
Outro princípio essencial em Holmes é a compreensão de que somos parte de um universo benevolente. Ele acreditava em uma Inteligência Cósmica que sustenta tudo em ordem e harmonia. A ansiedade nasce, muitas vezes, da sensação de estarmos sozinhos, desconectados ou sem apoio. Quando esquecemos que somos parte desse todo, a mente mergulha no medo.
Holmes convidava seus estudantes a reafirmarem constantemente a unidade com a Mente Universal. Isso ecoa a visão de Amit Goswami, que defende a consciência como base da realidade: estamos todos mergulhados no mesmo campo quântico de possibilidades.
David Hawkins, em seus estudos sobre os níveis de consciência, também mostrou que estados como amor e gratidão nos aproximam da percepção dessa unidade. Neles, desaparece a ilusão da separação e sentimos que o universo trabalha em nosso favor.
Exercício prático: meditação da unidade
- Feche os olhos e respire profundamente.
- Imagine-se como uma gota dentro de um oceano infinito de luz e paz.
- Repita mentalmente: “Sou um com o bem do universo. A vida me sustenta em cada passo.”
- Permaneça nesse estado por alguns minutos, permitindo que a sensação de conexão substitua a ansiedade.
Com o tempo, essa prática cria uma memória emocional de pertencimento e segurança, dissolvendo a crença de isolamento que alimenta a ansiedade.
4. A Fé Incondicional
Para Ernest Holmes, a ansiedade nada mais é do que a ausência de fé. Quando não confiamos no futuro, em nossas próprias capacidades ou na Inteligência Universal, abrimos espaço para o medo e a preocupação. Holmes insistia na importância de cultivar uma fé incondicional, isto é, uma confiança firme de que o bem está sempre se manifestando, mesmo quando não compreendemos os detalhes do processo.
Ele dizia: “Tenha fé de que o bem se manifestará, e ele se manifestará.” Essa postura se alinha à visão de Neville Goddard, que ensinava que assumir internamente o estado desejado — sem espaço para dúvidas — é o caminho mais direto para sua concretização.
David Hawkins acrescenta que a fé não é apenas uma crença cega, mas um estado de consciência elevado, capaz de alterar nossa vibração energética. Quando sustentamos fé genuína, nossa frequência se eleva e nos tornamos magnéticos a experiências alinhadas com confiança, paz e abundância.
Exercício prático: cultivando fé diária
- Ao acordar, declare em voz alta: “Confio plenamente na vida. Tudo coopera para o meu bem.”
- Durante o dia, sempre que a ansiedade surgir, respire fundo e repita a frase.
- À noite, agradeça por três situações que confirmaram que o universo está ao seu favor, mesmo em pequenos detalhes.
Com o tempo, esse hábito fortalece a fé, transformando a ansiedade em serenidade.
5. A Oração Científica
Talvez o ensinamento mais conhecido de Ernest Holmes seja a prática da oração científica. Diferente da oração tradicional, que muitas vezes se baseia em súplica, a oração científica é um processo mental de afirmação e alinhamento. Não se trata de pedir a um Deus distante que faça algo por nós, mas de reconhecer que já somos parte da Mente Universal, que já possui em si mesma todas as soluções.
Holmes afirmava: “A oração não é para mover Deus, mas para nos mover em direção a Deus.” Em outras palavras, não pedimos mudança externa; nos alinhamos internamente com a verdade do que já é.
Essa visão encontra eco em Louise Hay, que popularizou as afirmações positivas como forma de cura emocional, e em Neville Goddard, que dizia: “Assuma o sentimento do desejo realizado.” Ambos reforçam que a oração ou afirmação deve partir de um estado de certeza, e não de carência.
Estrutura da oração científica segundo Holmes
- Reconhecimento: afirme que existe uma Inteligência Universal infinita, que sustenta tudo em ordem e perfeição.
- Unidade: declare que você é um com essa Mente Universal.
- Afirmação: descreva seu desejo como já realizado.
- Agradecimento: expresse gratidão como se já tivesse recebido.
- Entrega: solte e confie que está feito.
Exemplo prático
Em vez de orar: “Por favor, me ajude a não sentir ansiedade.”, diga:
“Eu sou a calma em pessoa. A paz do universo flui através de mim agora. Sou um com a harmonia da vida, e agradeço por já viver em serenidade.”
Esse formato cria uma reprogramação direta no subconsciente, dissolvendo padrões de medo e substituindo-os por confiança e equilíbrio.
Conclusão: Viver sem Ansiedade é Escolher Criar uma Nova Realidade
Ernest Holmes nos deixou um legado profundo com a Ciência da Mente: a vida não é determinada por forças externas, mas pelas ideias que aceitamos internamente. Ao compreender que a mente cria a realidade, percebemos que não estamos à mercê da ansiedade. Temos ferramentas espirituais e mentais para transformar preocupação em confiança e medo em serenidade.
Os cinco princípios em síntese
- A Lei da Mente: seus pensamentos moldam sua experiência.
- O Poder da Palavra: o que você fala e pensa se manifesta.
- A Unidade com o Bem Universal: você nunca está separado do fluxo da vida.
- A Fé Incondicional: confiar no bem dissolve a raiz da ansiedade.
- A Oração Científica: alinhar-se com a Mente Universal é afirmar a paz já existente em você.
Esses princípios não são dogmas, mas práticas vivas. Quando aplicados de forma consistente, constroem uma nova base de consciência. Holmes dizia que cada pessoa é um centro individualizado da Mente Universal, e por isso, cada um de nós possui poder criador.
Como aplicar hoje mesmo
- Escolha um princípio e pratique durante uma semana.
- Transforme seu diálogo interno em afirmações de confiança.
- Ao acordar, pratique fé declarando que o bem já está se manifestando.
- Use a oração científica como ferramenta diária de realinhamento.
Assim, a ansiedade deixa de ser um ciclo automático e passa a ser substituída por um estado de serenidade cultivada conscientemente.
Neville Goddard reforçaria: “Você é livre para escolher o estado em que deseja viver.” Joseph Murphy complementaria: “O subconsciente aceita como verdade aquilo que você afirma com fé.” E Ernest Holmes conclui: “Mude seus pensamentos e mudará sua vida.”
Seu convite
Agora é sua vez de aplicar esses princípios. Ao escolher conscientemente pensamentos de calma, palavras de confiança, sentimentos de unidade e fé, você está criando uma nova realidade — uma realidade livre da ansiedade e cheia de propósito.
Conteúdo Elaborado por José Carlos de Andrade _ Se Gostou, Compartilhe!
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